quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Aluno é agredido no Instituto de Educação e sofre fratura exposta em MG


18/11/2011- Do Portal HD 

RENATO COBUCCI
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O Instituto de Educação é uma das mais tradicionais escolas estaduais de Minas
Está internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII um estudante de 14anos agredido dentro do Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG), na manhã de quinta-feira (18). O jovem sofreu fratura exposta num dos braços.

De acordo com Alexandre Luis, pai do adolescente, que é aluno do 9º ano (8ª série) do Ensino Fundamental, o garoto foi atingido por uma "voadora" nas costas, que teria sido dada por um dos alunos quando o filho passava pelo corredor. A escola, localizada na Avenida Carandaí, Região Centro-Sul de BH, é uma das mais tradicionais do ensino estadual.
 
  
A informação foi confirmada por uma das colegas, que contou que o rapaz chegou a pedir para não ser agredido pois estaria machucado. Ao virar de costas, o agressor, integrante de um grupo conhecido por outros ataques na escola, teria dado o chute que derrubou a vítima sobre o braço, provocando a fratura.

 
Alexandre Luis contou à Record Minas que esta é a terceira vez que seu filho é agredido dentro do IEMG. Na primeira, ele teria levado um soco no olho e, na outra, estava com colegas na biblioteca quando teria sofrido a agressão na frente de um professor.
 
 
A vice-diretora do turno da tarde do Instituto de Educação, Maria Luíza, explicou que diariamente ocorrem brigas e agressões dentro da escola e que frequentemente alunos são levados para atendimento médico. Ela informou, ainda, que o "IEMG possui dois mil alunos por turno, divididos da 1ª série do Ensino Fundamental à 1ª série do Ensino Médio, o que torna difícil impedir estas ocorrências".

De acordo com assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Educação (SEE), a Superintendência de Educação responsável pelo IEMG já está acompahando o caso e tem uma reunião prevista para a próxima semana com os pais dos alunos envolvidos, quando serão discutidas as medidas disciplinares cabíveis. A reunião estava prevista para esta sexta-feira, mas foi adiada devido a internação do estudante.

Ainda de acordo com a SEE, esta é a primeira vez que ocorre uma agressão desta natureza na escola, já que a instituição conta com servidores e funcionários que fazem o monitoramento dos estudantes no recreio e nos intervalos. O Instituto de Educação também desenvolve uma série de programas que discutem violência e bullying.

Aluno de 7 anos cai de janela de escola no RJ


| 30/11/2011- iG Rio de Janeiro 

O estudante Matheus Santos da Silva, de 7 anos, aluno do 1º ano da Escola Municipal Maria de Jesus Oliveira, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio, passa bem após cair da janela do banheiro da unidade de ensino nessa terça-feira (29). A informação é da secretaria municipal de Saúde e Defesa Civil (SMSDC), que repassou o estado de saúde da criança, internada no hospital municipal Miguel Couto, na Gávea, zona sul da cidade.
Segundo a secretaria municipal de Educação, a queda ocorreu da altura de dois andares, quando o aluno teria se debruçado na janela do banheiro masculino. Ele foi removido de helicóptero para o hospital, após ser atendido pelo Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência). De acordo com o Corpo de Bombeiros, a criança recebeu os primeiros atendimentos no quartel de Santa Cruz.
A SMSDC afirmou ainda que o aluno passará por exames na manhã desta quarta-feira, está lúcido e deverá receber alta em breve.

Menino de 6 anos é atingido por balperdida em escola de São Paulo


30/11/2011 - iG São Paulo
Um garoto de 6 anos foi atingido nesta quarta-feira por uma bala perdida no pátio de uma escola, em Cidade Ademar, na zona sul de São Paulo. A PM foi acionada por volta das 10h30; o tiro atingiu a perna da criança. Ele foi levado ao Hospital Pedreira e apresenta quadro estável.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, o caso ocorreu na Escola Municipal Almirante Sylvio de Magalhães Figueiredo. No momento do acidente, a vítima estava no pátio do colégio com a professora e colegas da classe.
Testemunhas ouviram o disparo e viram que o menino estava caído e ferido na perna. O socorro foi feito pela Polícia Militar que, após varredura no local, concluiu que o tiro foi disparado de fora da escola. A PM continua no local buscando suspeitos na região.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Criança é esquecida em escola infantil fechada em São Paulo, diz PM


29/11/2011 10h20 - Kleber Tomaz Do G1 SP

Um menino de aproximadamente 5 anos de idade foi esquecido até o início da noite de segunda-feira (28) dentro da Escola Municipal de Educação Infantil Walfrido de Carvalho, no Tremembé, Zona Norte de São Paulo. De acordo com a Polícia Militar, a escola estava fechada e mãe da criança ligou por volta das 20h para o telefone 190 da PM solicitando ajuda para retirar seu filho da unidade escolar. Segundo a assessoria de imprensa da corporação, policiais militares foram até o local, na Rua Vicente Querol, ouviram o grito do garoto e o resgataram juntamente com a ajuda de vizinhos da escola.

De acordo com a PM, a mulher não especificou as circunstâncias de como seu filho ficou retido dentro do colégio. O caso foi registrado no 73º Distrito Policial, no Jaçanã. O G1procurou a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública para saber mais detalhes da ocorrência. A pasta informou que iria apurar o assunto.
A equipe de reportagem do G1 também procurou a Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de São Paulo para falar do caso. A pasta informou que irá emitir uma nota a respeito. Por telefone, a assessoria confirmou que a criança ficou retida no estabelecimento após o seu fechamento e que iria apurar as circunstâncias de como ela ficou presa e eventuais responsabilidades de quem a deixou lá
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Aluna que deu golpes de estilete em colega de escola em SP é apreendida


29/11/2011 - Do G1 SP

Marcelo Mora


Central de Flagrantes do 91º DP, na Zona Oeste (Foto: Marcelo Mora/G1)

 


A adolescente, de 16 anos, que desferiu golpes de estilete em uma colega de escola de Pirituba, em São Paulo, na manhã desta terça-feira (29), foi apreendida pela polícia e será encaminhada à Fundação Casa. Segundo a delegada Maria Letícia Camargo, da Central de Flagrantes da 3ª Seccional, na Zona Oeste da capital, a ocorrência foi registrada como sendo de lesão corporal gravíssima. A vítima, também uma adolescente de 16 anos, levou 54 pontos no rosto e no peito, devido aos ferimentos sofridos. De acordo com a delegada, a agressora, que compareceu à delegacia acompanhada da mãe, recusou-se a dar a sua versão.
A agressão com o estilete ocorreu supostamente durante uma briga entre as duas alunas em frente à Escola Estadual Professor Cândido Gonçalves Gomide, na Rua Álvaro Zaneti, em Pirituba, por volta das 10h30 desta terça. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Educação, as duas jovens que se envolveram na suposta briga são alunas do 1º ano do ensino médio.
O auxiliar de escritório João Victor Chagas, de 19 anos e namorado da aluna ferida, disse que as duas eram rivais, e que a vítima foi ameaçadas algumas vezes. "Ela sempre falava (das ameaças), mas ninguém imaginava. Eu falava para ela ignorar, mas ninguém imaginava que chegaria a esse ponto", lamentou. A mãe da adolescente, que pediu para não ser identificada, também afirmou das desavenças da filha na escola. "Ela já tinha me falado que havia brigado, mas nunca imagina que vai acontecer uma coisa dessas", declarou, na delegacia.A rixa entre as estudantes teve início há seis meses por divergências nos estilos e gostos musicais. A adolescentes que desferiu a estiletada se diz gótica - ao DP, inclusive, ela compareceu vestindo roupas pretas e de bota de cano alto -; enquanto que a que foi agredida seria apreciadora de funk estilo pancadão.
Acompanhada da mãe, a jovem agressora disse ao G1 na delegaçia, antes de ser apreendida, que agiu em legítima defesa. Segundo ela, a outra aluna, acompanhada de amigas e amigos, a abordou na saída da escola e que, em seguida, partiu para cima dela para agredi-la. "Eu já tinha ouvido que ela iria me aprontar alguma no último dia de aula e fiquei esperta. Quando ela tentou me agredir, eu tirei o estilete da bolsa e me defendi. Daí os amigos dela vieram para cima de mim e foi quando me tiraram do meio da confusão", contou.
O estilete, segundo ela, é um dos itens do material escolar, utilizados em sala de aula. "Quando eu vi aquele sangue, deixei cair o estilete. Nem vi onde foi parar", disse. De acordo com a jovem, a rixa começou justamente por ela ser a única adepta do estilo gótico na escola. Devido a isso, ela sofre provocações dos demais alunos. O estilete foi apreendido pelos policiais militares e será periciado.
Após a primeira briga com a rival, um professor pediu que as duas fizessem um trabalho escolar cada. A gótica teria de escrever sobre o funk; e a outra estudante teria de abordar o gótico. "Eu disse ao professor que não poderia fazer o trabalho, porque funk não é cultura. Ela ficou revoltada com isso", relatou. Apesar disso, a agressora garante ter amigas 'funkeiras'.
Testemunhas ouvidas pelo G1 relataram que a versão é distinta da apresentada pela agressora. Segundo eles, a jovem atravessou a rua em frente à escola e foi direto em direção da rival, desferindo os golpes de estilete sem dizer palavra, primeiro no peito e depois no rosto. Além disso, afirmaram que o estilete não consta da relação do material escolar.
Após ser atingida, a vítima foi socorrida pela Polícia Militar e levada ao Hospital Municipal Dr. José Soares Hungria, na Zona Norte. Um cirurgião plástico suturou o ferimento e a jovem recebeu alta em seguida, segundo informações da Secretaria Municipal da Saúde.
Em nota, a Secretaria da Educação lamentou o ocorrido. Os responsáveis pelas duas estudantes foram comunicados e a equipe gestora da instituição de ensino deve reunir “o Conselho de Escola para analisar as medidas cabíveis”. O Conselho Tutelar também deverá ser acionado
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sábado, 26 de novembro de 2011

Adolescente de 15 anos é esfaqueado por colega dentro da sala de aula em Sabinópolis

26/11/2011- http://tvhoje.com.br


Os estudantes de uma escola de Sabinópolis, no Vale do Rio Doce, presenciaram cenas de violência na última semana. Um rapaz de 18 anos esfaqueou um colega de classe de apenas 15 anos dentro da sala de aula nesta quinta-feira (24), depois de terem se envolvido em várias brigas no colégio.
De acordo com a Polícia Militar, os jovens tinham se envolvido em uma briga no último dia 18 dentro da escola e foram suspensos de frequentarem as aulas pelo diretor do colégio. Na quarta-feira (23), durante uma confraternização entre alunos e professores, que realizam uma partida de futebol na quadra da escola, o adolescente de 15 anos reuniu vários amigos e o grupo passou a agredir o colega com socos e pontapés. A Polícia Militar foi acionada e os jovens encaminhados para a delegacia da cidade, onde foi registrado um boletim de ocorrência.
No dia seguinte, o estudante de 18 anos chegou ao colégio com uma faca dentro da mochila. Segundo relatos de alunos aos policiais, o jovem chegou normalmente na sala de aula, mas o colega com quem tinha os atritos começou a encarar o estudante.
Cansado das agressões e querendo vingar-se do adolescente, o aluno retirou a faca da mochila e passou a esfaquear o colega. Os alunos ficaram impressionados, segundo os policiais. O estudante foi encaminhado para a delegacia da cidade e preso em flagrante. O adolescente foi conduzido por um funcionário da escola para o Hospital São Sebastião, onde está internado em estado estável. O agressor está preso no presídio de Sabinópolis.

Professor é acusado de agredir aluno a tapas e empurrões em Belo Horizonte


A Secretaria Estadual de Educação (SEE) vai apurar uma denúncia de agressão envolvendo um professor de educação física do ensino fundamental do Instituto de Educação de Minas Gerais (Iemg), localizado no bairro Funcionários, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Nessa quinta-feira (24), durante uma aula, ele teria agredido com tapas e empurrões uma criança de aproximadamente 10 anos. Alunos, professores e outros funcionários pedem o afastamento do educador, que já teria se envolvido em outras confusões.
Identificado apenas pelo primeiro nome, o professor dava aulas na quadra da escola para os alunos do 9° ano do ensino fundamental quando tudo aconteceu. “Estávamos fazendo exercícios físicos quando um menino de 10 anos, aluno da 3° série, invadiu a quadra. O professor pediu para ele sair, mas o garoto recusou. Aí, ele começou a dar tapas na cabeça do cabeça e o puxou pelo braço com muita força, fazendo com que ele saísse”, disse uma adolescente de 14 anos. A versão é a mesma contada pelos outros alunos que participavam da aula.
Uma funcionária, que pediu para não ter o seu nome divulgado, disse que após o episódio o menino subiu correndo e chorando para a sua sala. A professora resolveu tomar as dores do menino e foi procurar o professor. “Ele a xingou com todos os palavrões possíveis. Depois, ela saiu chorando e voltou para a sala”, disse a servidora.
Nesta sexta-feira (25), o professor não foi trabalhar. A colega que ele teria agredido verbalmente também não foi encontrada na escola. A SEE confirmou o desentendimento entre os professores mas disse desconhecer a agressão ao aluno. Na segunda-feira, haverá uma reunião entre os educadores, direção e pais de alunos.
Caso seja confirmada a violência empregada contra o menino e a professora, o educador pode sofrer penalidades administrativas.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Adolescente é atingido por 3 tiros quando seguia para escola no DF

Quarta-feira, 23/11/2011 DFTV
O adolescente de 17 anos foi baleado quando ia para a escola. Mesmo ferido, ele foi até o centro de ensino médio e foi socorrido. O jovem não tem histórico de brigas. A polícia procura o responsável pelo crime.


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Estudante de 13 anos fere colega com faca em Passo Fundo

22/11/2011 redacao@novohamburgo.org-Informações de Zero Hora

Adolescente justifica sua agressão como vingança, já que afirma ter sofrido bullying do colega de 14 anos. O colega não corre risco de morte.
Na manhã desta terça-feira, dia 22, um estudante de 13 anos feriu um colega em Passo Fundo, no norte do Rio Grande do Sul. Detido pela Brigada Militar, o jovem afirma ter ferido seu colega a facas por vingança, pois, segundo ele, sofria bullying do colega de 14 anos.
O enfrentamento começou pouco antes do início das aulas na Escola Municipal Arno Otto Kiehl (foto), no loteamento Primeiro Centenário. O aluno mais velho, que tem 14 anos e estuda no 8º ano do Ensino Fundamental, foi atingido por golpes de faca nas costas, na orelha e no pescoço. Professores e demais alunos interferiram na briga.
O estudante atingido foi socorrido por policiais militares e está internado no Hospital São Vicente de Paulo, mas não corre risco de morte, está somente ferido. Já o agressor de 13 anos, foi levado para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento – DPPA, e argumentou em depoimento que era perseguido após as aulas pelo colega e que não suportava suas agressões.
Por conta disso, ele teria decidido se vingar. A direção da escola apenas informou que os dois alunos já haviam brigado há alguns dias atrás, mas não comentou sobre o possível bullying. Agora, o adolescente de 13 anos responderá a um procedimento especial por lesão corporal, que será investigado pela Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente. Ele já foi entregue à família.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Aluno que fez disparo acidental em escola não diz onde conseguiu arma Uma aluna foi b


21/11/2011- G1 CE
escola aluízio barro leal (Foto: Giselle Dutra/G1 CE)É o segundo caso de arma na escola este ano,
diz coordenador (Foto: Giselle Dutra/G1 CE)



O aluno de 15 anos que disparou acidentalmente um tiro em uma sala de aula que atingiu uma colega, nesta segunda-feira (21), recusou-se a dizer onde conseguiu a arma em reunião com os pais e os diretores da escola, de acordo com o coordenador da escola Aluízio Barros Leal, onde ocorreu o incidente.
O coordenador afirmou que, após ter feito o disparo acidental, o aluno escondeu a arma, um revólver calibre 22, no banheiro da escola. A arma foi encontrada por funcionários do colégio. O pai afirmou ter ficado "decepcionado" com o comportamento do filho.
O aluno disse apenas que levou a arma por questão de segurança e para "intimidar" um aluno com que ele havia se envolvido em briga. O coordenador da escola afirmou que o pai gritou várias vezes com o filho peguntando onde ele havia ele conseguido o revólver, mas se que o jovem se negou a responder.
O adolescente foi levado à Delegacia da Criança e do Adolescente para prestar depoimento sobre o incidente. Com o tiro, um outro aluno ficou ferido no pé pelos estilhaços da bala. A aluna baleada na orelha foi levada ao Hospital Edmílson Barros de Oliveira, onde fez uma pequena cirurgia e já recebeu alta.

O coordenador da escola Edson Morais afirmou que não é a primeira vez que um aluno entra com arma na escola. Sem saber precisar a data, ele afirma que há alguns meses um outro aluno também entrou com arma na escola, mas sem causar nenhum incidente.
O coordenador solicitou aos policiais do Ronda do Quarteirão que façam uma vistoria em frente a escola nos horários de entrada e saída, nos turnos da manhã e da tarde. A vistoria seria para dar mais segurança aos alunos, de acordo com o coordenador.

Estudante é vítima de racismo em escola de Quintino no RJ


POR ANTÔNIO PUGA- http://odia.ig.com.br
Rio - Uma aluna de 11 anos do Ensino Fundamental da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), da unidade Quintino, foi vítima de racismo por parte de seis estudantes da mesma instituição. O caso ocorre uma semana após a escola ter promovido o Fórum das Relações Etnicorraciais, onde foram debatidas questões ligadas ao racismo, o preconceito, discriminação e suas influências na educação. O caso foi registrado na Delegacia de Proteção a Criança e  Adolescente (DPCA).
Segundo a dirertora de Articulação  Institucional de Educação, Bianca Fogli, desde setembro um grupo de seis estudantes, com idade entre 11 e 14 anos, passou a ofender a menor chamando-a de "negra"  e "macaca".
"Os professores começaram a estranhar o comportamento dela, pois é considerada uma ótima aluna e com desempenho acima da média. Ela passou a ser introspectiva e chegou a se afastar dos colegas de turma. Ficamos preocupados com a atitude e depois de termos uma conversa com a mãe e a aluna, foi revelado o que vinha acontecendo", relata a diretora.
A escola orientou a responsável pela menor a fazer denúncia na DPCA. "Além do registro policial encaminhamos ao Conselho Tutelar um documento informando a situação, já que a Faetec tem trabalhando junto aos alunos a questão não só do racismo como também do bullying, e não podemos aceitar este tipo de comportamento. Entedemos que este tipo de situação se tornou comum nas escolas, mas é preciso combater este comportamento", garante Bianca Fogli.
Depois de receber inúmeras ofensas e ameaças, a aluna teria pedido a mãe para não fazer as provas finais, com início nesta segunda-feira. "Colocamos a disposição uma sala especial onde poderia fazer as provas com a presença de um professor. Entretanto, ela acabou optando por ficar junto aos demais colegas", disse a diretora.
Medidas educativas
Segundo Bianca Fogli, os seis menores fazem parte da turma da menina e através de um levantamento  junto aos professores, foi constatado que o grupo tem criado problemas em sala de aula. " Não temos registros de outros casos de racismo ou bullying envolvendo estes alunos, mas temos informações que eles têm este mesmo commportamento em sala de aula.É interessante mencionar que alguns deles tiram boas notas", comenta Fogli.
Embora os seis menores não corram o risco de expulsão da unidade da Faetec, a escola abriu sindicância para apurar o caso. " Sabemos que a vida atual obriga os pais a trabalharem e na maioria das vezes a escola é a única referência para eles. Mas não podemos permitir que uma situação como esta acontença. Além da sindicância, do registro policial, registro no Conselho tutetar, iremos convocar os pais deste meninos para uma conversa e relatar o que aconteceu. Não temos a intenção de excluí-los da escola, e não é essa a nossa política, mas serão vigiados e avaliados. Acredito que terão de cumprir medidas socioeducativas", revela.
Para a mestre em Psicologia, Márcia Magalhães Fonseca, a situação evolvendo  a questão do racismo ou do bullying  nas escolas é cada vez mais comum. " A atitude deste meninos demonstra o quanto nossa sociedade é preconceituosa.  Muitas vezes abertamente e em outras disfarçada. É importante que a escola apure se não existem outros casos semelhantes. Até porque na maioria das vezes, o aluno prefere silenciar a deunciar que venha sendo vítima de racismo ou de violência", conclui.
A família da menor foi procurada, mas não quis se pronunciar sobre o caso.

O medo que torna a escola vazia em Fortaleza


21.11.2011 - Sara Rebeca Aguiar-sararebeca@opovo.com.br - http://www.opovo.com.br

Pela violência, a escola vem perdendo seu sentido mais digno: o de bem formar cidadãos para uma sociedade da paz


"O segredo é fazer amizade com os alunos mais problemáticos e conhecer um pouco a realidade do entorno da escola", resume um professor de matemática da rede municipal de ensino de Maracanaú e da rede estadual de Fortaleza. Na profissão há 12 anos, ele conhece os riscos do magistério e a violência que ronda as escolas. Vem tentando cumprir seu ofício “com jogo de cintura”, numa rotina calejada por vivências contrárias ao que, teoricamente, deveria ser o dia a dia de uma instituição de ensino. 

Reflexivo, ele conta as diversas histórias de insegurança e temor que permeiam a carreira. “Já quebraram o para-brisa do meu carro e fui ameaçado de morte por ter comunicado à direção a situação de alunos bêbados que atrapalhavam minha aula. Já ensinei chefe perigoso de tráfico, que eu deixava sair quando quisesse da sala. Para ele, dava a nota que ele precisasse, mesmo não sendo a realidade. Só não passou, porque o tráfico matou antes. Tem escolas que a gente até evita dar aula perto da janela, com medo de ‘bala perdida’, como eles dizem quando ameaçam a gente”, relata.


Não existem estatísticas formais, no Estado, sobre violência nas escolas. No Ceará, oito casos ganharam maior repercussão e assustaram a população, neste ano. É pela experiência que o presidente do Sindicato dos Professores e Servidores no Estado do Ceará (Apeoc), Anísio Santos de Melo, arrisca palpites. “São cerca de 15 denúncias por mês que recebemos sobre diversas situações que o professor e a escola, como um todo, sofrem”. Segundo Anísio, elas se referem a ameaças e agressões de alunos contra professores, porte e uso de armas, consumo de drogas, furtos e assaltos, e violência contra o patrimônio. “É triste ver que a escola, hoje, é também território do crime, como estamos reféns das drogas, do tráfico”, lamenta.


Vítimas e algozes


Acuado, o professor, seja de escola pública ou particular, hoje, se vê à mercê do medo e da indisciplina dos estudantes, principalmente, do ensino médio. Jovens professores saem da faculdade despreparados diante da realidade que os frustra e os desmotiva para um trabalho mais eficiente de preparação dos estudantes. Diante de uma gestão que não adota medidas de socialização e maior envolvimento escola-família-aluno, a violência, que vem de fora, entra na escola, sem empecilhos.


O ponto de vista é defendido pela professora universitária Abniza Pontes de Barros Leal. Docente de cursos de formação de professores, da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e Faculdade Integrada do Ceará (FIC), ela avalia que há uma distância prejudicial muito grande entre a formação e a prática dos professores. “Hoje, eles precisam ser pais, mães, psicólogos, assistentes sociais. Grande parte dos alunos chega à escola sem uma boa formação familiar, sem educação, sem limites. Sem ter como dar conta sozinha da responsabilidade de educar, a escola abarca meninos e meninas vítimas, que logo se tornam algozes”, relata.


Abniza enxerga a violência moral, imputada por crianças e jovens, entre eles próprios e ao professor, como a pior que existe no ambiente escolar e a que mais permite a entrada de tantos outros malefícios sociais nas salas de aula. “A violência moral agride valores particulares, vai contra a ética de cada um. Isso fragiliza toda a escola. É pela boa gestão que se começa a barrar essa violência. É preciso termos consciência que é pela violência moral que vem o desrespeito à sala de aula e os outros tantos casos de violência que nos assombram hoje. Perde-se, nisso tudo, o objetivo maior da escola que é formar para a cidadania”, defende.


Com o olhar esperançoso de quem “veio da escola pública e venceu”, o professor de matemática parece entender e perdoar seus aparentes carrascos. “Esses meninos não são carentes só de família, mas de Estado também. Não tem lazer onde moram. Para eles, a escola perdeu mesmo seu objetivo e passou a ser o ponto de encontro com o outro. É lá, onde pedem a atenção que nunca veio, e a violência deles é reflexo disso”, reflete. De maneira enfática, ele relembra por que vale a pena acreditar e investir na educação. “Minha maior alegria é saber que ex-alunos estão na faculdade, conseguiram se dar bem na vida”.

Saiba mais

Violência nas escolas

2010
25/3, em Sobral – Um adolescente foi morto no Centro de Educação de Jovens Adultos Cecy Cialdini. Foi atingido por disparos na cabeça.

19/3, em Fortaleza - B andidos entraram em escola no Passaré, durante comemoração do dia das mães, renderam e assaltaram pais, alunos e professores.
 

8/6, em Aquiraz -Cinco assaltantes invadiram a Escola Municipal Maria de Castro Bernardo e levaram 22 notebooks .

5/10, em Fortaleza – Estudante foi baleada por um colega no Bom Jardim.

5 /10, em Maracanaú - Vigilante e professor foram rendidos, ameaçados e espancados por quatro homens.

2011
28/3, em Fortaleza – Jovem de 19 anos foi assassinado dentro de escola no bairro Prefeito JoséWalter.

4/5, em Fortaleza – Jovem de 23 anos foi assassinado dentro da Escola Joaquim Alves, no bairro Panamericano.

26/5, em Caucaia - Um aluno da Escola Luiza Correia Sales, na praia da Tabuba, tentou agredir com um canivete uma professora.

21/6, em Fortaleza – Adolescente de 17 anos foi assassinada e outra ficou ferida após briga com colega de sala, dentro da sala de aula, no Curió.

13/9, em Maracanaú -Professores e alunos da escola Maria de Lourdes da Silva foram assaltados dentro da sala.

9/11, em Aquiraz - Estudante de 14 anos ameaçou, com um estilete, o diretor de uma escola pública no distrito de Tapera, em Aquiraz.

9/11, em Fortaleza - Uma jovem de 16 anos, no Montese, foi flagrada na sala de aula com 50 papelotes de cocaína.