domingo, 29 de abril de 2012

Lição de paz para alunos e professores de Belo Horizonte e região


  26/04/2012 Raquel Ramos- Do Hoje em Dia -http://www.hojeemdia.com.br

RENATO COBUCCI
Educação
Sandra está à frente do projeto que quer reduzir a violência em escolas da rede municipal de Betim


Em apenas sete anos de profissão, o professor de português e literatura Carlos (nome fictício) já recebeu duas ameaças de alunos. A última delas ocorreu em uma tradicional instituição de ensino localizada em um bairro nobre de Belo Horizonte, no fim de 2010. “Um estudante do segundo ano do ensino médio ficou revoltado porque tinha perdido média na minha disciplina. Quando eu estava chegando à escola, falou bem alto que eu também merecia uma facada”, lembra.

O garoto se referia à morte do professor Kassio Vinicius Castro Gomes, assassinado por um estudante no corredor do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Embora não tenha certeza de que o aluno fosse capaz de cumprir a ameaça, Carlos nunca mais virou as costas para o estudante.

A experiência do professor ilustra o medo e a violência nas salas de aula mineiras. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), em 2011 foram registradas 174 ocorrências contra pessoas em instituições de ensino de Belo Horizonte e 68 na Região Metropolitana, sem incluir a capital.

O Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG) tem um levantamento paralelo. Entre fevereiro de 2011 e março deste ano, 131 profissionais das redes pública e privada que sofreram algum tipo de violência fizeram denúncias à entidade. “A média é de uma queixa a cada três dias, mas sabemos que esse número não reflete a realidade. Ele só inclui os relatos feitos por telefone, e a verdade é que muitos colegas permanecem calados”, afirma o presidente do Sindicato, Gilson Reis.

Um agravante é que muitas coordenações escolares pressionam o professor a ficar em silêncio, receosas de que o episódio manche a imagem do colégio. Nesses casos, Gilson considera que o professor é vítima de agressão duas vezes: por parte do aluno e da própria escola.

“A omissão é muito grave porque a instituição também tem o papel de formar cidadãos. O que acontece em sala é reproduzido na sociedade. Quando a direção ignora o problema, cria uma situação favorável para que a violência seja potencializada”, alerta.

Nas duas ocasiões em que foi ameaçado, Carlos não teve o apoio do estabelecimento de ensino. “Na primeira, em 2007, a diretora escutou o aluno gritando que se eu aplicasse uma prova difícil novamente iria parar em uma cadeira de rodas. Mesmo assim, ela não se manifestou. No segundo caso, a escola se comprometeu a não renovar a matrícula do aluno, mas voltou atrás”.

Presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindi-UTE), Beatriz Cerqueira considera que a luta dos professores é solitária. “Ninguém assume a responsabilidade pelo problema. O governo justifica que são casos isolados, mas quem acompanha os casos sabe que a violência se tornou recorrente”.

No entanto, pequenas ações isoladas servem de exemplo e encorajam a categoria. Professora e atual secretária de Educação de Betim, Sandra Angélica Castro Gomes está à frente de um projeto que, entre vários objetivos, quer combater a violência no ambiente escolar.

A iniciativa leva o nome de Kassio, o professor citado no início da matéria, irmão de Sandra. “O que temos, hoje, é um protocolo de mais de 80 páginas, com os procedimentos a seguir diante de um caso de indisciplina, infrequência ou até mesmo de um ato infracional”, conta.

sábado, 28 de abril de 2012

Aluno de Natal ganha indenização por ter ida ao banheiro negada e fazer cocô nas calças


Carlos Madeiro Do UOL, em Maceió http://educacao.uol.com.br


A Justiça do Rio Grande do Norte condenou a Prefeitura de Natal a pagar uma indenização por danos morais de R$ 5.000 a um estudante que teve o direito de ir ao banheiro negado pelo professor de uma escola da rede pública municipal. Após negativas seguidas, o adolescente --que não teve nome nem idade revelada-- acabou defecando nas calças.
Segundo o processo, o estudante pediu por três vezes para sair da sala de aula e ir até o banheiro, alegando necessidades fisiológicas urgentes. O professor teria negado as três solicitações. A versão foi confirmada pela psicóloga que acompanhou o garoto durante um ano e meio e relatou que o episódio causou “angústia severa e duradoura”.

O casoNo processo, os pais do aluno alegaram ainda que, por conta do episódio, o estudante perdeu o ano letivo e precisou passar por terapia psicológica para curar o constrangimento.
O fato aconteceu na aula do dia 13 de abril de 2009. No processo, há divergência entre as versões. Em sua defesa, o professor confirmou que o adolescente pediu por três vezes para ir ao banheiro, mas que teria negado apenas na primeira. “Depois [o professor] teria autorizado e até insistido para que o aluno fosse ao banheiro”, diz a ação. O professor alegou ainda que cumpriu normas da escola.
Mas a versão não convenceu o juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública, Airton Pinheiro, que, em sua sentença, alega ter visto “veemência defensiva e nervosa do professor” e “tranquilidade do depoimento do adolescente.” “Ora, não é crível que um aluno, o qual o próprio professor afirmou ser tímido, tenha tido coragem de pedir por três vezes para ir ao banheiro, e mesmo havendo a autorização do professor, não foi ao ponto de defecar nas calças”, escreveu.
Ainda no processo, a prefeitura de Natal informou que reconheceu o erro de procedimento do professor e forneceu assistência psicológica ao adolescente logo após o episódio. Por isso, o juiz não acatou o pedido de dano material pela reprovação, já que não viu "nexo de causalidade suficiente a associar o evento com a perda do ano letivo pelo autor.”

Estudante é agredido ao sair da aula em Sidrolândia(MS)

28/04/2012- Gabriel Maymone-http://www.correiodoestado.com.br


foto

Um adolescente de 15 anos foi agredidopor dois jovens na saída de uma escola, na tarde de ontem (27), em Sidrolândia (MS).
 Segundo a Polícia Militar, os dois rapazes pularam o muro do colégio para encontrar o menor, mas a diretoria acionou a polícia, que os retirou do local. Depois disso, os agressores ficaram aguardando a vítima na saída da aula.
Os dois foram detidos por populares e presos pela polícia. Não foi revelado o motivo das agressões.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Escola vira refém de alunos violentos em Batatais


Quarta, 25 de Abril de 2012 Correa Junior http://www.jornalacidade.com.br

A escola estadual Cândido Portinari, localizada no bairro Castelo, em Batatais, tornou-se palco de violência. Professores, inspetores e alunos se tornaram reféns da situação. Casos de agressão dentro e fora da sala de aula são comuns e dois estudantes já tiveram ferimentos mais graves. A situação fez até a diretora da escola solicitar afastamento, segundo pais de alunos. Ela seria alvo de ameaças por parte de estudantes que foram suspensos por conta da violência.
"A diretora foi ameaçada, os alunos ficaram revoltados com a punição, ela está com medo e pediu afastamento", afirma Hanaí Cordeiro, mãe de um estudante de 11 anos agredido dentro da classe. A diretora, que terá seu nome preservado, não quis falar com a reportagem.
"Meu filho está com medo de retornar à escola, ele foi agredido por outros alunos com vários chutes no abdome", diz a mãe, que contou que o filho teve uma inflamação no abdome por conta das lesões.
Outro estudante agredido, de 13 anos, teve que ir ao hospital. "Ele levou um chute na barriga na sala de aula, ficou uma semana em casa se queixando de dores até descobrirmos que havia estourado o apêndice", comenta Débora Volpi, mãe do aluno.
Hanai registrou boletim de ocorrência e lamentou a postura da diretora diante do episódio. "Ela não permitiu a entrada da polícia na escola. A diretora entende que a responsabilidade de disciplinar os alunos cabe aos inspetores", diz.
A situação caótica fez com que alguns estudantes fossem transferidos pelos pais, de acordo com Hanai.
"Cerca de 80 alunos já deixaram a escola. Os pais estão com medo e eu também quero tirar o meu filho daqui. Ficamos à mercê da violência", diz.
Uma inspetora de alunos que trabalha no local, que pediu para não ser identificada por temer uma eventual represália, confirmou que professores e funcionários da escola são vitimas dos alunos rebeldes.
"Eu fui insultada diversas vezes e já vi companheiros de trabalho serem agredidos dentro da escola. A situação, lamentavelmente, fugiu do controle", declara.
Diante da situação desfavorável, a funcionária da escola pediu a colaboração dos pais. "Pedimos para que os pais orientem seus filhos, percebemos que a atitude de rebeldia apresentada na escola são costumes e hábitos que foram concebidos fora dela".
Com a finalidade de amenizar a onda de violência, representantes da escola fizeram uma proposta aos pais de alunos. "Eles pediram para nós trabalharmos como voluntários, mas eu não tenho coragem", disse Debora Volpi, mãe de um estudante de 13 anos vítima da violência.
Drogas
Além de promover atos de violência dentro da escola estadual Cândido Portinari, de acordo com as informações, os alunos indisciplinados consomem drogas no interior do colégio. Alguns casos de furto também foram registrados.
"Um aluno foi pego consumindo droga na sala de aula. A camisa do meu filho sumiu e já roubaram celulares dentro da escola", garante Cintia Ferreira, mãe de um estudante de 16 anos.
A Diretoria Regional de Ensino de Ribeirão Preto, por meio de sua assessoria de imprensa, prometeu enviar uma equipe de supervisores à escola para avaliar as medidas necessárias.
O Conselho Tutelar de Batatais será acionado e uma reunião com estudantes, responsáveis e comunidade, de acordo com a diretoria, será marcada ainda esta semana.
A escola conta com câmeras de monitoramento e apoio da Ronda Escolar da Polícia Militar, além de promover atividades para prevenção de conflitos e uso de drogas, informou o departamento.

Estudante é morto a tiros em pátio de escola em Teixeira de Freitas (BA)


Aliny Gama-Do UOL, em Maceió



Um estudante da Escola Municipal Rachel de Queiroz, em Teixeira de Freitas (811 km de Salvador), foi morto a tiros dentro do pátio da escola na noite da última terça-feira (24). O aluno do 4º da EJA (Educação de Jovens e Adultos) Crispim Antônio Rosa, 53, foi atingindo por quatro tiros e morreu na hora.
A polícia investiga se o aluno foi vítima de crime de pistolagem ou se foi atingindo por balas perdidas, uma vez que ele estava em um grupo de estudantes conversando no portão da escola no momento que ocorreu o tiroteio.
De acordo com informações de testemunhas dadas à polícia, dois homens chegaram em uma motocicleta atirando no portão. Do grupo, apenas Crispim foi atingindo - com dois tiros no tórax.
Ele ainda tentou fugir dos atiradores correndo para dentro da escola, mas o portão estava aberto, e um dos assassinos entrou no pátio e desferiu mais dois disparos contra Crispim.
Os atiradores usavam capacetes, e as testemunhas afirmaram não reconhecer a identidade deles. A placa da moto não foi anotada. Crispim morava na mesma rua da escola.

Insegurança

O sepultamento do estudante ocorreu na tarde desta quarta-feira (25) no cemitério da cidade. A família e os colegas de sala estavam desconsolados com o crime e fizeram homenagens ao aluno.
A direção da escola afirmou que Crispim era tranquilo e nunca se envolveu em incidentes na escola. A família da vítima também afirmou que ele não tinha inimigos. Os alunos relataram que o clima é de insegurança na escola e estão com medo de ocorrer novos incidentes.
A Delegacia de Teixeira de Freitas informou que nenhum suspeito foi preso nem identificado. Segundo a polícia, investigadores estão em diligências tentando esclarecer o crime.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Professora é agredida por aluno de sete anos e registra ocorrência no RS


19.04.2012 -http://www.midianews.com.br

Uma criança de sete anos, aluno do segundo ano do Ensino Fundamental, teria agredido uma professora na tarde de terça-feira (17) durante a aula na Escola Municipal Pinheiro Machado, em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul. Depois da agressão, a mulher de 51 anos registrou uma ocorrência na Polícia Civil do município. O fato ocorreu logo após o recreio, durante a aula de educação ambiental. A tarefa era fazer um desenho. 

Com a folha do papel, o estudante fez um aviãozinho. Quando teve a atenção chamada pela professora, as agressões começaram. "Eu cheguei nele e ele começou a me agredir. Pegou a classe. Eu segurei a classe. Aí ele pegou a cadeira e atirou por cima, para bater em mim. Aí ele largou a cadeira e se botou em mim. Se agarrou no meu braço, dava coice, me unhava", disse a professora Marli de Medeiros Teixeira, mostrando os braços arranhados. 

O aluno de sete anos só parou com as agressões depois da chegada da diretora e de outra funcionária da escola. De acordo com a direção da escola, a criança já havia apresentado comportamento agressivo com outros professores e colegas, por isso havia sido encaminhada para atendimento psicológico. Na tarde desta quarta-feira (18), os pais da criança compareceram à escola para uma reunião com a diretora Lazi Martins. Procurados pelo G1, eles comunicaram, através da escola, que não iriam se manifestar sobre o assunto. 

"Eles ficaram bastante chocados com as atitudes do menino e se prontificaram a buscar atendimento. É o que a escola quer. A escola quer que o menino seja tratado. A Secretaria da Educação interviu e marcou uma consulta com o psicólogo para quinta-feira (19)", disse a diretora Lazi Martins.
Reprodução

Rio: escola reabre com vigias após aluno ameaçar chamar bandidos


18 de abril de 2012  Terra


Após permanecer fechada durante a tarde de terça-feira, a Escola Municipal Barão de Macaúbas, no Rio de Janeiro, foi reaberta hoje com a segurança reforçada por vigias da Guarda Municipal. Na manhã de ontem, um aluno de 14 anos ameaçou chamar bandidos para agredir a diretora e os professores da instituição.
A Secretaria Municipal da Educação informou que uma sindicância foi aberta para apurar o caso e que todas as medidas cabíveis serão tomadas. De acordo com o órgão, o estudante teria se recusado a ir para a sala de leitura e começado a fazer ameaças. "Os pais foram chamados na unidade e a Guarda Municipal foi acionada. O aluno, na presença dos pais, pulou o muro da escola e desacatou os agentes", disse a secretaria.
De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), que acompanha o caso, o aluno estava afastado da escola há pelo menos dois anos e havia retornado às aulas do ensino fundamental na terça-feira. A diretora do sindicato, Edna Felix, disse que foi solicitada a transferência do estudante para outra escola e acompanhamento psicológico para que o fato não volte a se repetir.

Aluno é espancado dentro de sala de aula após ser vítima de bullying


24/04/2012 Carlos Eduardo Matos Do G1 AM

Aluno está afastado dos estudos (Foto: Carlos Eduardo Matos/G1)


Um estudante de 13 anos foi vítima de bullying após ter sido espancado por outro aluno, de 15 anos, dentro de sala de aula. De acordo com a polícia, o crime ocorreu na quinta-feira (19), na Escola Estadual Gilberto Mestrinho, localizada no bairro Colônia Antônio Aleixo, Zona Leste de Manaus. O garoto teve ferimentos graves no rosto. Por causa das agressões, ele está afastado dos estudos.

O caso foi registrado na Polícia Civil e está sendo apurado pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca). O Conselho Tutelar da Zona Leste também está dando apoio às investigações. A diretora do colégio, Lucicléia Moreira, não foi localizada para dar declarações sobre o caso.


Escola Estadual Gilberto Mestrinho (Foto: Carlos Eduardo Matos/G1)
Em casa, o adolescente contou que já vinha sofrendo bullyng desde o ano passado, quando foi transferido para aquela escola. "Os colegas criam apelidos e me xingam, por causa do meu peso", afirmou. Na quinta-feira, contou ele, um outro estudante iniciou as ofensas, desta vez, fazendo 'brincadeiras' de mau gosto sobre a mãe dele, que tem pele escura. "Eu não gostei do que ele disse e pedi para parar, mas as ofensas continuaram. Fiquei irritado e reagi. Foi quando ele começou a me bater sem parar. Nem os colegas, nem os funcionários da escola me ajudaram ou o tiraram de cima de mim", afirmou.


A mãe do adolescente, de 52 anos, disse que ficou indignada e foi à escola pedir providências, mas nada foi feito. "O meu filho não é santo, mas a situação de violência só chegou a esse ponto dentro da escola porque ninguém fez nada", disse.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação do Amazonas (Seduc-AM) informou ao G1 que a vítima das agressões tem histórico de indisciplina e que já foi punido disciplinarmente, mas isto não justifica a violência. O autor das agressões foi punido com uma semana de suspensão. Além disso, a gerência educacional da Zona Leste de Manaus se prontificou a ajudar a família do estudante, dando suporte a ele na volta à sala de aula ou na escolha de outro colégio para continuar os estudos

.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Professor é esfaqueado por estudante em escola de Campo Grande


13 de abril, 2012 -Campo Grande News



Alunos e funcionários da Escola Estadual José Barbosa Rodrigues viveram momentos de terror na noite de ontem após um aluno esfaquear professor e outro ameaçar estudantes com revólver.

Segundo boletim de ocorrência registrado pelo diretor, a confusão começou por volta das 20h20, quando bate o sinal para os alunos trocarem de sala.

“Saímos no corredor e vimos a confusão. Todo mundo chorando, desesperado, um verdadeiro horror e o menino apontando a faca pra cabeça do diretor”, conta uma estudante do 3º ano do Ensino Médio.

Na versão da aluna, o agressor teria invadido a sala do 1º ano com uma faca em mãos para tirar satisfações com a namorada, que estuda na sala. Depois de ouvir boatos de colegas da escola, ele acusava a menina de ter saído com o outro rapaz. O professor de física, que estava na sala de aula no momento, tentou impedir o aluno de entrar no local e agredir a menina, mas acabou sendo vítima do estudante.

Já o diretor da escola, Edivaldo Lourenço da Silva, no boletim de ocorrência, diz que a agressão aconteceu porque o autor e namorada estavam conversando na porta da sala, o professor foi chamar a atenção, mas o aluno não gostou e agrediu o funcionário.

Após o desentendimento, o aluno esfaqueou o professor no ombro e no braço esquerdo. Os golpes atingiram de raspão. A faca tinha cerca de 15 centímetros e o estudante teria entrado com ela dentro da mochila.

Após a agressão, o estudante saiu correndo e tentou fugir da escola, mas o portão estava fechado. O diretor tentou conversar com o garoto, mas o estudante teria apontado a faca para a cabeça do funcionário, enquanto chutava o portão e ameaçava agredi-lo: “Não vem não que eu furo mais gente e te furo também”, contou o diretor no boletim de ocorrência.

“Ele começou a contar até três e disse que se o diretor não abrisse o portão ele iria matá-lo. O diretor abriu e o menino chamou a namorada para ir junto. Os dois fugiram”, conta a estudante.

A Polícia Militar foi acionada e iniciou rondas na região, com o objetivo de encontrar o estudante. Os alunos foram levados de volta para as salas de aula e aguardavam para serem liberados quando outro aluno saiu no corredor e começou a ameaçar estudantes e funcionários com um revólver.

“A gente acha que ele ficou com medo por conta da presença da Polícia, de que descobrissem que ele estava armado, e acabou se desesperando e se entregando”, tenta explicar.

Segundo os estudantes, o aluno dizia que iria matar “todo mundo” se pegassem ele. No entanto, a PM foi acionada e não encontrou arma com o estudante ou dentro da escola.

Segundo a direção da escola, o estudante que esfaqueou o professor foi capturado pela Polícia em sua residência. O professor foi encaminhado para unidade de saúde, mas já foi liberado.

Insegurança - Moradores vizinhos da escola disseram à reportagem que viram todo o tumulto em frente ao local e que brigas no local são constantes. “É direto briga nessa escola”, afirmou Plácito Heleno Ramires, de 21 anos.

Uma estudante contou que outros casos de estudantes entrarem no local com armas já aconteceu, sendo que em um dos incidentes um aluno ficou ferido. No entanto, a aluna diz que os incidentes acabam não sendo divulgados.

Os estudantes também afirmam que não existe segurança no local, sendo apenas um agente patrimonial que faz a vigilância. "Todo mundo entra com o quer na mochila. O agente não usa nem cacetete", diz.

Já o diretor diz que nunca tinha presenciado outros casos de violência e que o aluno que agrediu o professor não tinha histórico problemático. “Ele não era um menino com histórico escolar. Nunca tinha acontecido incidente como este”, diz o diretor.

A Secretaria Estadual de Educação (SED) informou que uma nota com a versão da escola deve ser divulgada até o fim da manhã.