domingo, 25 de setembro de 2011

Estudantes trocam agressões físicas na escola no Pará


Sábado, 24/09/2011, 
Diário do Pará



Brigas, esfaqueamentos e até mortes estão se tornando atividades comuns dentro das escolas do Pará. Ontem mais uma vez a violência entre os alunos chamou atenção. Dessa vez o fato aconteceu no Distrito de Outeiro, na Escola do Outeiro, onde dois adolescentes de 16 anos partiram para a agressão física após o roubo de um celular dentro das dependências da escola.

O roubo do celular aconteceu na última quinta-feira e a briga entre os alunos ocorreu ontem. O aparelho de telefone pertencia a uma estudante e colega dos adolescentes.

Segundo informações da Polícia Militar, um dos rapazes, para defender a colega que havia sido roubada, foi tomar satisfação com o outro estudante. “Um dos meninos queria defender a amiga. E o outro defender o que havia roubado o celular. Por isso eles acabaram brigando”, contou o Cabo Leão que estava fazendo a condução dos adolescentes até a Data.

Os dois adolescentes vão ser autuados por lesão corporal recíproca e serão julgados hoje pela Promotoria de Infância e Juventude de Icoaraci. O adolescente que está sendo acusado de roubo do celular responderá a um boletim de ocorrência circunstancial por ato infracional de furto. O caso está na responsabilidade da delegada Márcia Contente da Data.

ALUNO ELOGIADO

Ao ser informada do nome do aluno que fez o disparo que a atingiu pelas costas enquanto limpava a lousa, a professora Rosileide Queiros de Oliveira, 38, reagiu com incredulidade. “Não pode ser o D.”, disse ela a familiares.

Na tarde de ontem, o menino de dez anos sacou o revolver 38 de seu pai, atirou na professora diante de 25 colegas da escola municipal Professora Alcina Dantas Feijão, em São Cetano do Sul (Grande São Paulo), saiu da sala e se matou.

A surpresa de Rosileide, atingida no quadril, se deve ao perfil do agressor. “Ele sempre teve comportamento exemplar em sala e nunca demonstrou agressividade”, disse Regiane Oliveira Millan, 33, irmã da professora. Ainda em estado de choque, ao deixar a UTI ao meio-dia de ontem, ela continuava sendo poupada de detalhes da tragédia. Não sabia que o garoto se matou em seguida.

PREMEDITAÇÃO

As investigações apontam que a criança premeditou o crime, mas ainda não é possível apontar os motivos. A professora de matemática Ana Lima disse que uma aluna contou que o menino, um dia antes da tragédia, disse que pretendia matar Rosileide Queiros de Oliveira, 38. 

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