terça-feira, 27 de março de 2012

Bauru tem mais violência em escola


27/03/12  - Marcele Tonelli   http://www.jcnet.com.br

Mais um ato de violência foi registrado em uma escola estadual de Bauru, na manhã de ontem. Desta vez, a diretora da E.E. José Viranda foi a vítima. Após apartar discussões entre estudantes, ela teria sido ameaçada por um aluno. Na semana passada, outros casos de violência foram noticiados pelo JC envolvendo essa e outras escolas. 

Por volta das 10h de ontem, viaturas policiais da Ronda Escolar, Base Noroeste da PM, foram acionadas pela Central de Operações da Polícia Militar (Copom) para atender uma ocorrência em uma escola pública. Na ocasião, a denúncia era de que um estudante da Escola Estadual José Viranda, na Vila Giunta, estaria em conflito com a direção.

Ao chegarem no local, os policiais constataram que os pais do garoto já o teriam levado para casa e fizeram apenas as orientações necessárias à diretora quanto aos procedimentos a serem adotados.

A reportagem do JC esteve na instituição e apurou que, conforme informações obtidas com funcionários, o caso não teria resultado em agressão, mas em ameaça à diretora.

Entretanto, estudantes que estavam do lado de fora da escola no momento da confusão, informaram que a diretora teria sido agredida com um chute nas costas ao tentar apartar uma discussão entre alunos após o intervalo.

Em nota oficial enviada ao JC por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado da Educação disse que não são corretas as alegações de que a diretora da escola José Viranda teria sido agredida por um aluno. 

“A unidade registrou, na realidade, uma agressão entre dois de seus alunos. Os pais dos alunos foram acionados pela equipe gestora para uma reunião, a fim de reforçar a importância do respeito mútuo e da resolução pacífica de conflitos. O estudante que agrediu o colega foi suspenso por três dias”, informa a nota.

Na última semana, o JC noticiou que uma “guerra” realizada com a merenda escolar no horário do intervalo do período da manhã, nesta mesma escola, teria resultado em escoriações no braço de uma aluna. Na ocasião, uma viatura da Polícia Militar também foi deslocada para resolver a situação. 

Em relação aos procedimentos adotados para resolver o problema, a Secretaria de Estado da Educação informou que os pais dos alunos foram advertidos e os envolvidos suspensos por três dias.


Histórico violento 

Ainda na semana passada, outros quatro casos ultrapassaram os limites em escolas estaduais da cidade. O mais grave envolveu a agressão a um coordenador da E.E. Francisco Alves Brizola, no Jardim Olímpico. Ele teria levado socos e chutes ao pedir que um estudante de 16 anos entrasse na sala de aula.

Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp), outra situação na E.E. Ana Zucker Dannuziata, no Parque Paulista, teria acontecido no dia 20 de março, quando um aluno de apenas 7 anos teria agredido com socos e pontapés cerca de cinco funcionários da escola.

Já na E.E. Luiz Zuiani, no Parque São Jorge, quatro alunos foram responsabilizados por aterrorizar outros colegas com uma pistola de brinquedo e um deles por ofender a inspetora da instituição.

A E.E. Guia Lopes, na Vila Dutra, também não escapou das ocorrências, e na tarde de 19 de março, um caso de agressão entre dois estudantes de 13 anos foi parar no plantão da Polícia Civil.

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